Com o grande número de ofertas de profissionais, cursos e mentorias, a escolha do mentor requer o entendimento das suas reais necessidades. Por exemplo, encontrar no mentor o reconhecimento das suas reais dificuldades, seja em se expressar, em vender um produto físico ou digital, em precificar... Lembrando, que o mentor não precisa saber tudo – nem deve! Isso o aproxima e o humaniza.
Para identificar um bom mentor, busque seu método. Afinal, o bom método é aquele que promove transformação.
Outro ponto importante, é aplicar o método e os ensinamentos. Afinal, quem não aplica, não vai ter resultado. Isso vale para tudo.
Lembre-se, ainda, de saber a diferença entre mentoria e curso, porque na mentoria você fica mais próximo do seu mentor, ou seja, tem um acompanhamento direto para as suas questões. É por isso que costumam ser mais caros, se comparados aos cursos pontuais.
Mas, não pensem que o público é completamente leigo neste assunto. Hoje, as pessoas já reconhecem as estratégias para a venda de produtos no mercado digital. Por isso, a dica é reconhecer o profissional que você já segue, já se identifica.
O ponto forte da conversa foi a importância de transformar o conteúdo em conhecimento. Afinal, não importa se vamos fazer curso ou mentoria, se o conhecimento adquirido não for utilizado, de nada vale. Ah! Lembrando que os resultados levam tempo mesmo. Não há resultados imediatos.
Outro ponto alto das mentorias, é a Análise de perfil. Fique de olho em quem faz essa avaliação com base nas suas reais dificuldades. Afinal, o mercado artesanal tem peculiaridades que só quem conhece esse setor pode identificar.
Das mentoras presentes, Thalita Ortega também salientou, com muita humildade, que a mentora aprende muito com esse trabalho também. Fazendo as análises, reconhece muito do que pode agregar para o conteúdo disponibilizado às suas alunas.
Outra questão importante que foi abordada foi o respeito à Língua Portuguesa. Escrever certo, falar certo... Quando você compra um curso ou mentoria, ou ainda quando você oferece esse serviço, pense: você gostaria de ser reconhecido por aquela forma de se expressar? Se a resposta for negativa, por que você investiria nela?
Na fala, cuidado com gírias, com vícios de linguagem. Busque se expressar de forma clara e seja simples na comunicação, porém, não ignore o fato de que o especialista no assunto é você, logo, você deve dominar o conteúdo a ponto de passá-lo de forma leve para quem ouve.
Já no caso das apostilas, atente para explicar, detalhadamente, tudo de tudo, ou seja, esmiuçando ao máximo o processo de manufatura do seu produto artesanal ou serviço, e – claro! – escrevendo corretamente. Se estiver na dúvida, peça ajuda, pesquise as palavras, peça para que alguém leia antes, para ver se está clara a forma de se expressar. Ninguém precisa saber tudo, lembra?
A professora Vivi Prado, por exemplo, conta que aproveitou a pandemia para estudar coaching, ou seja, investiu em preparação e auto-conhecimento para valorizar a qualidade do conteúdo de desenvolvimento humano que oferece nos seus cursos artesanais. Demais, né?
Também foi levantada a preocupação quanto à situação atual do país. Há quem não tenha condições, no momento, sequer de comprar material para produzir, por exemplo. E não há muito o que se fazer sobre isso. Porém, a conversa levou à ideia de promover trocas entre alunas, considerando ser esta, uma forma muito generosa de permitir que o mercado se mantenha aquecido e em atividade. Afinal, o senso de comunidade só tem a auxiliar o maior número de pessoas envolvidas no mesmo assunto.
O artesanato movimenta, segundo as últimas pesquisas, mais de 50 bilhões ao ano e é o ganha-pão de mais de 11% da famílias brasileiras, mas, infelizmente, para muitas pessoas que enxergam o setor com preconceito, a mente ainda não expandiu. Mas, cabe ao artesão ser o primeiro a defender o seu conhecimento e todo o estudo que o levou a chegar onde está. Afinal, formação acadêmica não significa sabedoria.
É isso aí!
Até a próxima semana.
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